20.12.11

Enquanto desfolhava mais uma das mil revistas que leio mensalmente, deparo-me com um artigo que achei digno de partilha, pois tem sugestões que acredito serem valiosas para os tempos que nos encontramos a passar.
O artigo é da Pilar Diogo, esta na máxima deste mês na pág 50.


Novas Táticas:

FACE AO MAU TEMPO E A CRISE ECONÓMICA, BOA CARA! E NATAL SE NOS EMPENHARMOS EM VER SÓ O PINHEIRO, NUNCA NOS VAMOS MARAVILHAR COM O BOSQUE, OU SEJA, HÁ QUE TER UMA VISÃO DE CONJUNTO DO NOSSO GUARDA-ROUPA.PASSO A EXPLICAR.

O momento é de contenção, de sermos disciplinados e logo, de escolhas acertadas. Se o fazemos em todas as áreas da nossa vida, porque é que não o conseguimos fazer em relação ao nosso armário? Porque temos laços emocionais com as roupas? então é porque esta na altura de renovar o Closet emocional.
Menos pode ser muito mais. Alguém disse a propósito de outrem: " Não percebo como é que ela se pode vestir bem com tanta roupa no armário." Talvez seja este o paradoxo da moda.
Quanto mais se amontoa, mais difícil é a escolha.
O armário não deve ser um túnel infinito por onde tudo se perde. Talvez seja esta a hora do despojamento, de dar mais de metade do que jaz em pilhas desordenadas. E, se calhar, é o melhor que lhe podia acontecer.
E se existe um ano perfeito para isso é este. Assim mantenha os vestidos pretos, as calcas pretas, os blazers de smoking sempre (quando uma tendência é mais velha do que a raça humana, então é porque deixou de ser tendência e passou a algo óbvio e obrigatório), as calcas largas, as camisolas de la. Adicione cor. Se este ano os lideres do G8 se tivessem sentado a mesma mesa com os designers de moda (e não temos provas de que não o tenham feito), dificilmente teríamos coleções que apelassem tanto ao otimismo. E com as quais conseguíssemos criar guarda-roupa perfeito: saias e botas pelo joelho, capas, vestidos de seda, blazers, malhas confortáveis, acessórios marcantes, cor.
Mas não esta confortável com a ideia de gastar o orçamento numa carteira cor de laranja? Então vire-se para um acessório menos evidente. Mas faca-o!
O que muitas vezes nos faz virar a cabeça nem são as roupas mas a atitude, o modo como se reinventam pecas, se associam cores, se joga com as proporções. Arrisque nas conjugações mais improváveis: riscas e animal print, laranja e roxo, amarelo e cinzento. Disponha em cima da cama o que podem ser varias versões a partir de uma mesma peca de roupa. Construa uma espécie de guião. Na moda tal como na escrita quem tem vocabulário escreve bem quem não tem, tem de praticar. E isto faz-se diariamente, vendo-se revistas, livros de fotografia, indo a exposições, ao cinema. O olhar educa-se, o gosto aprimora-se. Mas é uma tarefa que deve ter prazer e que nunca deve ser um quebra-cabeças e muito menos uma fonte de stress.
Com todo o respeito pelo mundo da moda (que move milhoes e milhoes de euros, que emprega milhares de pessoas) e do qual sou consumidora confessa e militante, existe vida para alem dos cabides. Enjoy!  

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